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Curso superior de Radiologia: Anatomia é uma disciplina do curso superior de Radiologia.
O curso de anatomia se propõe a estudar as estruturas do corpo humano e suas funcionalidades em conjunto a identificação e a análise dessas estruturas pelas técnicas radiológicas, seja a radiografia digital ou convencional, ressonância magnética, tomografia computadorizada e/ou ultrassonografia. Dessa maneira o discente consegue identificar possíveis patologias e as formas prováveis de suas causas, se por lesões traumáticas, doenças crônicas ou doenças adquiridas.
A matéria de anatomia pode dividir-se em três estágios diferentes (Anatomia I, Anatomia II e Anatomia III) realizadas em três semestres ou quadrimestres diferentes. No meu caso, como peguei duas grades diferentes de curso realizei em apenas dois estágios, com a divisão da matéria em estudos simples e complexos. A dedicação a essa matéria é de nível alto e a dificuldade se apresenta referente ao nível de dedicação, estando entre intermediário e alto.
A proposta do curso, assim como já citei no item 1 é estudar as estruturas do corpo humano e suas funcionalidades, em relação a patologias ou funcionamento usual da parte anatômica, para isso a radiologia utiliza-se dos cortes anatômicos, podendo ser sagital (mediano, medial e lateral), coronal (frontais) ou transverso (horizontais, superior e inferior) e planos tangenciais. Estuda-se além dos cortes as posições anatômicas, Decúbito dorsal (também conhecido como supina), decúbito ventral (também citado como prona), decúbito lateral esquerdo e direito, tredelemburg e litotomia.
Todas essas posições são essenciais para outras matérias, inclusive e para a compreensão durante o estágio, o discente que não compreende completamente como realizar as posições anatômicas não consegue realizar primeiros socorros e nem os posicionamentos radiológicos, podendo apontar uma patologia não procedente realizando um exame de forma incorreta.
Na aula de anatomia o discente aprende, não apenas o posicionamento de ossos (sistema esquelético), articulações (sistema articular), mas os sistemas em geral, sistema digestório, muscular, respiratório, urinário, tegumentar, etc, todos os sistemas que integram o corpo humano no geral. É importante ressaltar que, os exames de radiologia não se concentram apenas no sistema esquelético, nem mesmo no setor de “raios-X” como é popularmente conhecido, pois realizamos diversos exames contrastados (que serão mais bem explicados no artigo voltado a matéria de exames com contraste).
Como exemplo, cito os exames com contraste do sistema digestivo, que podem ser realizados na radiologia, mais conhecido como seriografia de esôfago, estômago e duodeno, ou simplesmente (SEED), que é um exame que tive a oportunidade de acompanhar no estágio, muito interessante e difícil de realizar, onde todas as estruturas anatômicas são observadas.
É necessário estudar, com o auxílio de bibliografia acessória, o nome e a localização de todos os órgãos, quadrantes do corpo, termos anatômicos, compreensão de localização dos ossos (no mínimo os principais).
É necessário que o discente atente-se a bibliografia consultada, muitos livros trazem os nomes antigos das partes integrantes dos sistemas, principalmente no que se refere ao sistema esquelético, por exemplo, a rótula recebe atualmente o nome de patela, mas é conhecida ainda pelo nome antigo.
Informo que muito médicos não se atualizam (ou resistem a se atualizar) quanto a essas pequenas mudanças e não é raro receber pedidos de exames com nomes antigos de estruturas anatômicas, eu mesmo enfrentei isso diversas vezes no estágio, porém os livros que auxiliam - como manuais de anatomia humana de bolso - trazem ,muitas vezes, uma lista de nomes antigos das estruturas rebatizadas no final, o que ajuda muito nos momentos de sufoco.
A matéria de anatomia, integrante do curso de radiologia, estando dividida em mais de um semestre ou não forma o que eu chamo de “tríade” que será indispensável no estágio supervisionado: Anatomia + posicionamento radiológico + processamento de filmes radiológicos. Sem essas matérias o discente chega despreparado ao estágio, é mais do que necessário conhecer as estruturas anatômicas e as posições anatômicas.
Eu tive dificuldade no início, pois, apesar do esforço da professora, não era a área de especialização dela, então sentíamos ela “patinar” em algumas questões, o que facilitou muito o meu aprendizado foi encontrar uma boa bibliografia base para realizar as atividades, na época em especial o Sobotta Atlas de anatomia humana (que vou indicar as referências no fim do texto) e divide-se em diversos livros, tendo atenção especial a cada sistema, muito legal mesmo.Logo, apesar do esforço é uma ótima matéria, muito interessante e enriquecedora.
Bibliografia recomendada
SOBOTTA: atlas da anatomia humana. Coordenação de F. Paulsen, J. Waschke; Tradução de Marcelo Sampaio Narciso, Adilson Dias Salles. 23. ed. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2012.
Guilherme Reis, graduado em 2013 pela Universidade Anhanguera do ABC
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