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Faculdade de Veterinária: Técnica Cirúrgica é uma disciplina do curso superior de Medicina Veterinária.
Essa disciplina dá um choque de realidade para os estudantes de medicina veterinária. É a primeira vez no curso que iremos ter contato direto com os animais para realizar manobras invasivas. Usar técnicas que podem acarretar em erros ou mesmo na morte do animal se forem mal feitas.
Envolve sangue e habilidade manual. Envolve coragem e vontade de curar. E, sobretudo, envolve sangue frio e a consciência de que não estamos ferindo, mas sim tratando.
Aprender as técnicas cirúrgicas é um pré-requisito para a disciplina de Cirurgia.
Podemos entender por técnica cirúrgica o uso de instrumentais e da manipulação humana para, através de intervenção cruenta (com corte e sangue), conseguir: O diagnóstico e ou o tratamento de doenças; Modificar a estrutura anatômica ou a função fisiológica de determinado órgão ou sistema; Ou para qualquer outro propósito específico.
Para o estudo de técnica cirúrgica são estudados os seguintes tópicos, de forma geral: Introdução e conceitos; Histórica da cirurgia; A equipe cirúrgica; A profilaxia da infecção; A operação, o operado e o ambiente cirúrgico; A profilaxia da infecção; Diérese, hemostasia e síntese; Os materiais cirúrgicos e a paramentação; As técnicas cirúrgicas como traqueotomia, traqueostomia e esofagotomia, laparatomia mediana, gastrotomia, esplenectomia, enterotomia e enterectomia, entre outras; Além do acesso aos ossos longos.
Para o aprendizado da disciplina temos aulas teóricas e práticas. As aulas teóricas, em sala de aula, geralmente envolvem muito material audiovisual e também podem haver seminários individuais ou em grupo para o apoio ao conteúdo. As aulas práticas, em sala de cirurgia, envolvem realizar procedimentos práticos em animais vivos para que os alunos possam assimilar não só as técnicas, mas o contato cruento com o animal. O objetivo é eliminar o fator “pena” e formar futuros cirurgiões.
Existem sim algumas dificuldades no estudo desta disciplina. Eu enumeraria no mínimo três:
- Desenvolver o sangue frio necessário para lidar com o instrumental e o material, ver sangue, cortar e lidar com o animal sem ter pena;
- Habilidade manual mínima cortar e costurar, com agilidade e rapidez;
- Arcar com o curto dos instrumentos e materiais, como: Estetoscópio, termômetro clínico, lanterna, avental branco, pijama cirúrgico azul, descartáveis (propé, gorro e máscara, luvas cirúrgicas estéreis e luvas de procedimentos); Material de suturas (bastidor, tecido, fio, agulha, porta-agulhas, tesoura, pinças anatômica e dente-de-rato).
As provas têm conteúdo teórico e prático. As provas práticas geralmente são tensas, principalmente a prova final, quem envolve realizar uma das técnicas ensinadas na prática. Ou seja, vamos operar um animal e ele terá que resistir a cirurgia (procedimento).
Mesmo que os futuros profissionais não pretendam atuar em clínica cirúrgica, a disciplina é fornece no mínimo os conhecimentos fundamentais e as manobras básicas.
É importante saber como fazer uma profilaxia e os cuidados no pré e pós operatórios. E saber reconhecer e manipular os materiais e instrumentos necessários para as técnicas cirúrgicas.
Nem todo mundo consegue desenvolver a frieza e a habilidades necessárias para se tornar um cirurgião. Um colega da minha turma abandonou a faculdade por que descobriu que tinha intolerância a sangue.
Mas é uma área da veterinária muito bonita e extremamente necessária e importante.
Ana Carolina Braga. Graduada em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Fluminense. Facebook: https://www.facebook.com/anacarolinabbraga
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