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Faculdade de Jornalismo: Interpretação e Produção de Textos é uma disciplina do curso superior de Jornalismo.
Produção e interpretação de textos a essência de nosso trabalho
Na época em que cursei a graduação estas disciplinas eram separadas, a de produção de texto, que me acompanhou por três semestres e a de interpretação de textos, até então chamada de análise do discurso, na qual tive apenas um semestre.
Todo jornalista, ou pelo menos a maioria deles ama escrever, portanto essa aula, por mais que exigisse um bom português (éramos muito cobrados por questões relacionadas à acentuação e vírgulas) era a matéria mais gostosa do curso, aquela na qual realmente colocávamos a chamada “mão na massa”.
Estas aulas são a oportunidade perfeita para a experimentação. É na aula de produção de texto que testamos os temas e verificamos sobre quais assuntos gostamos de escrever, trabalhamos a apuração dos fatos e fazemos entrevistas. São as aulas que nos fazem realmente nos sentirmos jornalistas.
Meu primeiro texto nesta aula foi sobre o “Anjos da Noite”, uma ONG que distribui alimentos para moradores de rua. Foi uma experiência maravilhosa e me fez ter certeza da minha profissão e dos desafios que ela exige, afinal não é fácil fazer uma entrevista e nem escrever em 20 minutos sobre algo que não sabemos. Isso exige concentração, criatividade e conhecimento.
Já as aulas de análise do discurso eram uma alegria só, o professor trazia músicas, poemas, contos e artigos para que pudéssemos analisar o contexto de cada situação e isso nos trazia um olhar totalmente novo sobre determinado texto.
Para se ter um exemplo, uma das aulas que mais gostei foi uma aula que analisamos a música de Gilberto Gil, Domingo no parque.
Muito mais do que só contar a história de dois amigos, a música é toda baseada em uma narrativa de tons altos e baixos que remetem o movimento de uma roda gigante, lugar este onde José vê seu amigo João com Juliana e em um rompante de fúria o mata.
Analisamos o que havia por trás de muitas músicas de Zeca Baleiro, como Lenha, Lenine, com Paciência e Raul Seixas, o rei das músicas enigmáticas.
Além de ser apaixonada atualmente por música popular brasileira, estas aulas que analisavam de estrofe em estrofe cada música, até hoje, me fazem refletir sobre o contexto de cada coisa.
Prático isso como um exercício prático para entendimento da análise do discurso até hoje e utilizo para compor qualquer texto que eu faça, baseado em alguma entrevista. Não é possível ser um jornalista sem saber produzir um bom texto e sem ter uma interpretação correta dos fatos. Estas são aulas que praticamos sempre.
Andrea - Uninove
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