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Ciências Econômicas: Formação Econômica e Social do Brasil é uma disciplina do curso superior de Ciências Econômicas.
Esta matéria pretende discutir a evolução econômica e social do Brasil a partir dos ciclos econômicos. A disciplina trabalha o período da chegada portuguesa em 1500 até aproximadamente 1930 entre a revolução e início do governo de Getúlio Vargas. Chegando a discutir e regastar - em sua parte final – alguns fatores importantes com exemplificações dos diversos períodos do governo Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek (normalmente criação das companhias nacionais em Getúlio Vargas e desenvolvimentismo de Juscelino Kubitschek).
A matéria possui um nível intermediário de dificuldade, o que pode variar dependendo da familiaridade do discente quanto à matéria de história (aquela mesmo aprendida na escola e no pré-vestibular) em referência aos períodos históricos. É interessante observar que essa matéria discute os períodos históricos com enfoque a economia. Logo, professor obviamente trará uma visão particularista no que tange a economia, podendo fazer uma análise liberal, marxista, keynesiana, desenvolvimentista, etc.
Como já apontado acima à dificuldade dependerá da familiaridade do aluno em referência aos períodos históricos, aponto como intermediário pela necessidade de consulta a bibliografia.
A bibliografia será apontada por cada professor, é extensa e baseia-se não apenas em livros, mas também em artigos. No caso da Universidade Federal do ABC ela se fixa principalmente em Celso Furtado com o livro “Formação Econômica do Brasil” (diversos capítulos) e em Caio Prado Jr. Com o livro “História Econômica do Brasil” (capítulos selecionados). Recomendo que o discente realize um fichamento (resumo técnico) atento e detalhado dos dois livros por dois motivos: 1) eles serão base para esta matéria, o professor dependendo da abordagem criticará ou os levará como “modelo(s) correto(s)” (no meu caso o professor por ser liberal criticava ambos, tanto o marxismo de Caio Prado, quanto o desenvolvimentismo keynesianista de Celso Furtado). 2) Esses dois livros serão utilizados em diversas outras matérias, logo, tê-los fichados facilita (e muito) em outras oportunidades, por vezes facilita inclusive a releitura com outra visão.
A matéria começa pela formação dos estados português e espanhol, essenciais a compreensão da colonização. Os períodos, como já citei, são os que basicamente aprendemos na escola: A Empresa colonial de forma geral, sendo a Indústria extrativista, Indústria açucareira, Indústria mineradora, indústria cafeeira e a indústria que se coloca em todos os períodos, a Indústria escravista, abordando brevemente o início da industrialização com a criação de algumas marcas nacionais - como a Hering, por exemplo - e a indústria de substituição de importações. Aprenderemos o porquê de as classificarmos como “indústrias” e quais as modificações sociais que elas causaram. Também serão discutidas as invasões ocorridas principalmente na época da união ibérica, outro período essencial no curso. A matéria encontra a sua parte final no início do período Vargas, porém, o nosso Professor Doutor, fez proveitosas alusões a períodos posteriores, com a criação das empresas nacionais (companhia siderúrgica nacional e Petrobrás) também citou a criação dos direitos trabalhistas com legislação trabalhista, desenvolvimentismo em Juscelino Kubitschek, com a chegada de empresas multinacionais que alteraram as relações econômicas.
Assim como já aludido acima à abordagem de cada professor alterará a maneira de estudar esses períodos, de qualquer maneira o professor provavelmente dedicará uma aula ou um período de sua aula para explicar sua abordagem, ou rememorar haja visto que essa matéria coloca-se nos primeiros semestres e/ou quadrimestres (o que é o meu caso) do curso de ciências econômicas.
A matéria “Formação econômica e social do Brasil” é muito interessante, eu aproveitei ao máximo e gostei muito, não sei se o fato de eu sempre ter gostado e me interessado muito por história contribuiu para o aprendizado, no mínimo facilitou a compreensão. O que eu aponto como essencial é a observação e o acompanhamento da bibliografia, que faz um misto de História (matéria) e economia, apontando as motivações. Outro ótimo fator é compreender as diversas maneiras de abordagem e compara-las, o marxismo de Caio Prado e dos artigos que dialogam com a mesma visão e o desenvolvimentismo keynesianista de Celso Furtado e contraponto dos artigos selecionados de visão liberal. Dessa forma, essa matéria é formadora de visão, opinião e até de observação ideológica e de como e porque a sociedade brasileira se desenvolveu dessa maneira.
Bibliografia recomendada
FURTADO, Celso. Formação econômica do Brasil. São Paulo, SP: Companhia das Letras, 2007. 351 p.
PRADO JÚNIOR, Caio. História econômica do Brasil. 43. ed. São Paulo, SP: Brasiliense, 2012. 364 p.
Guilherme Reis, Graduando no Bacharelado Interdisciplinar em Ciências e Humanidades (BC&H) pela Universidade Federal do ABC (UFABC) e Bacharelado em Ciências Econômicas (BCE) pela Universidade Federal do ABC (UFABC)
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