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Geopolítica, Regionalização e Integração, Curso de Administração

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Geopolítica, Regionalização e Integração, Curso de Administração é uma disciplina do curso superior de Administração.



O que é Geografia Política, geopolítica e o que você irá estudar?

Primeiramente faz-se necessária uma distinção bastante importante, Geografia Política e geopolítica não são a mesma coisa, são dois campos distintos que nascem de uma mesma matriz teórica e que se afastam na primeira metade do século XX, mas após a crise causada pela Segunda Guerra Mundial se aproximam novamente.

A matriz comum desse pensamento foi um geógrafo e etnólogo (aquele que estuda os povos e etnias, suas culturas, características, etc.) alemão chamado Friedrich Ratzel. Ratzel publicou uma obra em 1897 intitulada “Geografia Política: uma geografia dos Estados, do comércio e da guerra”.

Assim, nesta matéria você irá estudar desde as origens da Geografia Política, partindo das ideias de Ratzel que faz uma analogia do Estado com um organismo vivo, um Estado orgânico. O território nesse sentido é o solo do organismo que é o Estado e o Estado precisa de um território para se desenvolver, quanto mais território, mais poder, é o conceito de espaço vital (em alemão, Lebensraum), expressando um dos componentes de sua obra, qual seja o expansionismo territorial. Essa ideia de Ratzel foi posteriormente explorada pelos nazistas para justificar a expansão da Alemanha nazista sobre os outros países.

Já no campo da geopolítica você verá que o termo geopolítica surgiu pela primeira vez na obra “O Estado como uma forma de vida” (1899) do aluno sueco de Ratzel: Rudolph Kjellén. O fato curioso é que o próprio Ratzel nunca utilizou o termo geopolítica. Já o seu pupilo sistematizou o pensamento de Ratzel, ou seja, pegou tudo o que Ratzel disse e reorganizou, dando origem ao conceito de geopolítica, mas que posteriormente foi melhor desenvolvido por outros teóricos, dentre os quais podemos mencionar Mackinder, Haushofer, Mahan e Spykman. São autores que com certeza você irá estudar como base teórica da disciplina.

Deste modo, podemos dizer que as aulas são bastante teóricas, pois conforme visto acima trata-se de uma disciplina teórica, mas isso não quer dizer desatualizada ou sem aplicação prática, visto que esses conhecimentos servirão de base para se compreender melhor o equilíbrio de poder entre as nações, partindo desde os “pais” dessas teorias (basicamente Ratzel e Kjellén) até os interesses político, econômico ou cultural dos atores internacionais atuais e suas pretensões de alcançar mais poder.

Atualmente, também é interessante mencionar o conceito de soft power, que para alguns teóricos seria o caso do Brasil, país que não é necessariamente uma grande potência militar ou econômica, mas através de sua “boa diplomacia” (o corpo diplomático brasileiro é tido como extremamente competente) e de sua influência cultural, busca fazer a transição do seus status de “potência média” ao status de “ator global”.

Quais as dificuldades?

Não encontrei maiores dificuldades no estudo dessa disciplina, principalmente porque me interesso bastante pelo assunto (geopolítica e relações internacionais), inclusive porque atualmente estou cursando um bacharelado em Relações Internacionais, campo em que o estudo da geopolítica é fundamental.

O que os professores mais cobram?

O conceito teórico estudado serve como base da disciplina, mas o que os professores realmente costumam cobrar são as questões da geopolítica atual, por isso é importante você estar bem atualizado, recomendo sempre que possível a leitura do caderno internacional dos principais jornais, como o Globo, o Estado de São Paulo e a Folha de São Paulo, bem como o acesso a alguns sites interessantes (boas fontes de dados) como o do IPEA, IBGE e Itamaraty.

Conclusão

Para concluir, gostaria de dizer que se trata de uma disciplina apaixonante, bastante atual, onde desde que você se mantenha atualizado não encontrará maiores dificuldades.

Para mim esses estudos contribuíram muito para a compreensão do complexo cenário geopolítico atual, e principalmente as relações de poder entre as grandes potências do momento, o chamado tripé do poder mundial, EUA, China e Rússia, três potências nucleares cujos territórios e áreas de influência circundam o globo.

Para Relações Internacionais, conforme já dito anteriormente, essa é uma disciplina basilar, mas mesmo em Administração de Empresas, disciplina acadêmica em que já concluí o meu MBA, esse estudo foi muito útil para compreender a questão da Regionalização e Integração, e como os blocos econômicos (e as empresas multinacionais que também são grandes atores globais) lutam para superar as suas crises, se fortalecer economicamente e consequentemente aumentar a sua influência global. Bons estudos!

Vinicius Torraque Novaes é servidor público federal, Graduado em Gestão de Recursos Humanos pela Universidade Metodista de São Paulo com MBA em Administração de Empresas pela Faculdade Internacional de Curitiba, Bacharelando em Relações Internacionais pela Faculdade Internacional de Curitiba e pós-graduando em Coaching e Liderança pela Faculdade Unyleya.



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